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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Nada mais civilizado do que o genocídio

Pra escrever este texto primeiro pensei em discutir o Civilizado usando aspas, mas abri mão. Embora o civilizado tenha trazido junto consigo a espada de Cortéz e o poema de Cervantes, o uso de Civilizado com aspas para demonstrar a presença física, patente e incontestável da espada reduziria civilização apenas a seu melhor, faria análise cair por terra.

A discussão sobre o que é civilizado ou não é antiga, ouso dizer, sem o rigor acadêmico necessário, que desde que los Hermanos Gregos Platão e Aristóteles, ou mesmo antes, discutiram o que era ou deixava de ser humano. No século XIX o "Fla x Flu" entre Kultur e Civilización para definir o que era Cultura (Grosso modo uma discussão entre o arcabouço global de mitos, lendas, modos de fazer somado à língua,Kultur, e o aspecto mais focado nos usos e costumes aparentes e patentes era, civilización), também era  uma disputa pela demarcação do que era Civilização, ou do que era Humano.

Em todo este processo a civilização era o limes, era a fronteira entre o humano e o bárbaro, este que não sendo EU meu diferente, meu antípoda e, porque não, meu adverso, meu contrário.

Claro que do mesmo modo a definição do humano, do civilizado criou a definição de humanidade, de variedade, de cultura como um bem universal,  de direito como algo a ser ampliado e estendido universalmente. Dai nasceu desde a luta pela declaração universal dos direitos do homem até a moderna antropologia e a percepção do homem como mais do que o Europeu Branco, o civilizado.

O Civilizado criou desde o trem do progresso que segue em frente continente a continente levando sua marca ao todo como a resistência ao trem. E é neste contexto que novamente a civilização encosta na barbárie, que o limite entre ambos, tido como claro pelas trombetas ufanistas do "progresso", que proclamam em várias línguas a necessidade de "seguir  em frente", fica tão tênue como difuso. A Civilização é a mesma que defende os oprimidos e os queima, como fizeram com a criança indígena no Maranhão . Ao queimar o "bárbaro" , aquele pequeno ser isolado, os civilizados rompem com o que seria a clara diferença entre "nós" e "eles". 

A espada de Cortéz volta a nos lembrar que assim como o poema de Cervantes é parte do processo de avanço de uma cultura sobre as outras na voracidade da conquista, na demonstração que sem vigília o genocídio é parte intrínseca da civilização dos direitos do homem.  A barbárie então deixa de ser o contrário de civilização, sendo apenas seu braço armado.


sábado, 13 de agosto de 2011

Organizações Globo e Princípios: Nada a ver!

 As Organizações Globo publicaram recentemente em seus veículos, e são muitos,  uma longa declaração de seus princípios editoriais . Isso foi no dia 06 de Agosto de 2011, no mesmo dia o jogador de futebol Fred do Fluminense Football Club declarou  em entrevista coletiva que foi perseguido por torcedores incitados pelo Jornal Extra, das Organizações Globo e não tinha condições psicológicas de atuar pelo clube, na semana seguinte em nova entrevista dada no dia 12 de Agosto vai além e declara que três jornalistas das Organizações Globo, dois do Extra (Gilmar Ferreira e Caio Barbosa) e um de o Globo (Renato Mauricio Prado), incitam a  torcida a fiscalização da vida pessoal dos jogadores em um policiamento de hábitos que ultrapassa os limites do jornalismo esportivo. Renato Mauricio Prado respondendo mantém o ataque dizendo que "O Fred deve jogar mais e beber menos." se qualificando como juiz comportamental da vida alheia.

Hoje o Jornal O Globo, da mesma organização, faz uma matéria a respeito da execução da Juíza Patrícia Acioli. Combatente das milicias e outras organizações criminosas a juíza é em toda a matéria avaliada pelo seu comportamento extra trabalho e com base no seu relacionamento com seu parceiro, o policial Marcelo Poubel Araújo, como se o comportamento da juizá fora do âmbito de seu trabalho e do que fosse relacionado com o julgamento de crimes fosse da conta de qualquer ser humano da face da terra, em mais um julgamento de caráter em praça pública e mais ainda assassinato de reputação, desta vez póstumo.

Qualquer leitura atenta dos tais "princípios editoriais" e avaliação das publicações, emissoras e sites das tais organizações expõe a olho nu a incoerência dos princípios diante da prática das mesmas. 

A ausência de princípios das ações dos jornalistas das organizações Globo exemplificadas acima são apenas grãos de areia diante da prática diária feita em todos os veículos que vão do assassinato de reputações à distorções e orientações de perseguições a adversários políticos, desrespeito À reivindicações de trabalhadoras, vinculação imediata de greves a "transtornos para a cidade" especialmente com relação ao trânsito  e pior, vinculação de paralisação de trabalhadores À prejuízos para o país .

Ou seja a tal carta de princípios "jornalísticos" é uma piada porque a carta indica princípios de quem não tem nenhum a não ser a manipulação da opinião pública.Ao desinformar as organizações Globo são cúmplices de crimes contra cidadãos como no caso Fred; de machismo,sexismo e omissão do combate à organizações criminosas para desqualificar a vítima pelo seu comportamento "moral como no caso da Juíza Acioli e da definição de protesto como bagunça e de reivindicação de direitos como desserviço à cidade como  e aos trabalhadores restasse o esperar como um Pedro Pedreiro eternamente esperando a bondade de patrões que ficam presos no trânsito se eles protestam. Além disso, tudo o assassinato de reputações segue livre, porque para as organizações Globo os tais princípios  só existem como perfumaria e máscara para seus desejos políticos imediatos, que vão do apoio à ditadura à manipulação de debate televisivo a favor do candidato que preferia em 1989 , passando pelo silencio solene em relação às manobras de seu aliado Ricardo Teixeira que desqualifica tudo e todos ao seu redor mesmo acusado de receber propina para votar a favor de candidaturas à copa do Mundo e pela cumplicidade na destruição do Clube dos 13 no episódio da negociação coletiva de direitos televisivos do Futebol Brasileiro.

A declaração de princípio das Organizações Globo podem ser despublicadas, foram rasgadas por  anos de história e ações manipuladoras e na mesma semana forma desmoralizadas diante das práticas próprias da mesma Globo. A não ser que seja um ensaio para seus programas humorísticos a tal declaração só expõe mais e mais o desserviço e desonestidade dese câncer da mídia Brasileira.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Se Deus vier que venha armado!

 Peço emprestada a frase de um rap do Pavilhão 9 com titulo para ilustrar a perspectiva que a Religião, somada à doença mental e à irrresponsabilidade de pastores, dá quando tratada como uma cachorra leprosa e como auxilio de delírios tremens morais e fundamentalistas.
 Que me perdoem os fiéis de religiões pentecostais e suas ânsias de pureza, mas quando a pureza atira com armas de fogo, pedras ou incitação a crimes, a racismo e outras desumanidades ela deve ser tratada como é: Como uma manifestação de ódio e irresponsabilidade desumanas que transformam a dita fé e religião em cúmplice, seja de espancamento e assassinato ou de opressão psicológica e quejandos.

 O tom é duro mesmo e não é pra menos: depois do desfile por anos a fio de preconceito contra toda a fé que não lambesse chagas de Cristo, de opressão à mulheres, homossexuais e racismo enrustido (ou não) nas salas que servem de palco e púlpito para defesa de purezas que nada mais são do que etnocentrismo, machismo, misoginia e homofobia, cansa defender o direito democrático à religiões que no fim das contas são apenas pano de fundo para a distorção de todo e qualquer ensinamento do Cristo que pregou o amor em nome do inflar de egos e carreiras políticas de pastores que conduzem ovelhas nem sempre negras á escuridão do fascismo.

 É chegada a hora de defensores de preconceito e incitação de ódios, sejam os líderes que conduzem as ovelhas ou sejam as próprias ovelhas que conduzem seu ódio pessoal e se escondem na confortável e omissa posição de gado, serem responsabilizados pelos crimes cometidos em nome de um Jesus ou de uma pureza que é tragicamente similar à rotulação, perseguição e morte de tudo o que não é parte do dito "normal": papai e mamãe presos na sala vendo novela da globo e com medo de discutir como patrão. 

Os discursos dos pastores atingem o objetivo de conduzir seu gado a um estourar de violência e morte, ódio e opressão, cuja culpa só cai no couro da ovelha louca ou excepcionalmente crente que aperta o gatilho, e isso é o ápice da corrupção moral e covardia ética, intelectual e humana das lideranças que falam o que querem, conduzem a atos de violência e se escondem atrás da responsabilização individual do imbecil ou louco que segue seus ensinamentos.

 O direito a fé é inatacável, assim como o dever de manter sua fé longe do crime e das lideranças religiosas serem responsabilizadas pelos ecos de suas palavras, sejam elas ditas nos púlpitos ou nos terreiros. A noite de Sâo Bartolomeu deveria ser uma lição de tolerância, mas virou um modelo de prática de intolerância assumido por pastores e padres em nome da cristianização do mundo. E a partir disso fica engraçado o demonio ser negro e batucar enquanto quem mata meninas por misoginia misturada com religiosidade extrema pregada por um pastor qualquer o faz em nome de um Deus que parece uma mistura de general com torturador.

O negro batucador é acusado de tudo, de magia negra a servir às forças da escuridão, mas todo assassino em série fala é em Jesus, toda homofobia e racismo tem Jesus como pano de fundo, da mesma forma que foi m nome de Deus e de Jesus que se justificou a escravidão e o assassinato de índios, que se justifica a homofobia  e a opressão de mulheres. Pelo que me consta não foi a umbanda que escravizou europeus pra mandá-los pras colonias da África.

 A carta do assassino de Realengo cita tanto Deus que se juntarmos com o assassínio cujo alvo prioritário eram meninas parece um resultado muito claro do grau de misoginia, preconceito e ódio defendido por várias religiões que colocam mensagens de ódio bem sutis, como as do pastor Malafaia na Avenida Brasil no Rio de Janeiro, ou declaram de forma nada sutil, o mesmo Malafaia entre outros, seu ódio a homossexuais, claramente, e a negros, enrustidas nos ataques às religiões de matriz africana, a sambas de Zeca Pagodinho com cagaço da lei anti-racismo,etc.

 Quero ver a defesa clara da culpabilidade de pastores e padres quando ataques como esse ocorreram e com a mesma velocidade da satanização das religiões afro com relação ao sacrifício de animais! E aí incluo os Ateus fofinhos e "críticos" que como uma versão bizarra do fanatismo religioso são rápidos e rasteiros e mahcos pra cacete pra chamar os fiéis de criminosos e imbecis, mas somem quando é hora de assumirem a responsabilidade laica de defenderem a vida humana para além de pseudo-racionalismos que pegam bem em festas hype.

 Sou Umbandista, sou comunista e não tenho nadica de sangue de barata, nem me pretendo aqui racional ou frio, dada a tragédia ocorrida na minha cidade e no bairro vizinho de onde eu moro. Antes pediria desculpas se estiver sendo injusto, mas evoco minha trajetória e minha defesa contínua tanto da liberdade religiosa quanto das lutas anti-homofobia, anti-racismo e contra toda e qualquer opressão para defender claramente: É hora de pastores, deputados e demais figuras públicas serem responsabilizadas pelo que dizem,s e a institucionaldiade não o faz que façamos nós, seja por meio de protestos diários, ovadas, protestos nas escolas de seus filhos, residencia, local de trabalho, seja por cartas, processos constantes,etc.. 

Não precisamos da violência para protestar, mas precisamos da veemência, da luta diária e da revelação desses defensores de ódios aos demais, sejam eles líderes ou paspalhos seguidores. Se existe um em seu local de trabalho, é hora dele sentir na pele a veemência do laicismo e a força da liberdade. Se a luta esperar PLCs estamos literalmente fudidos, sem o perdão da palavra.

 A cada Bolsonaro e pastores que defendem crimes e ódios existem os loucos ou fascistas que estão prontos para apertar o gatilho. Seremos pra sempre ovelhas a espera do abate? seremos Pedros Pedreiros Penseiros esperando o trem do papai estado ou do papai parlamento pra tomarmos posições na rua, na chuva e na fazenda? 

 Na minha fé ovelha é alimento e o sacrifício de uma ovelha é do animal que tem a lã pra nos aquecer e a carne pra alimentar toda a tenda. Homens e Mulheres são gente, responsáveis por si mesmos e por sua tenda, inteiros, íntegros e vivos, não correm pro abate, mas podem correr pra guerra se necessário, conscientes de que tem hora de Ser Oxalá Velho, e tem hora de ser o Oxalá guerreiro, que com Ogum, Oxóssi, Xangô e Logun-edé transformam sua realidade e o mundo.

 É hora de sairmos da pasmaceira e revelarmos os assassinos e defensores do ódio, é hora da guerra, uma guerra sem armas, sem mortes, mas com pichações, com vídeos, com faixas, com gritos e com a demonstração clara de quem são os animais que permitem que suas palavras acabem em mortos.

PS: Se o doido for Muçulmano ou não, não diminuiu em nadica de nada o teor das crítica,s porque uma hora aparece um doido Malafaista ou Pentecostal, com as mesmas justificativas, e duvido que o cabra aí não frequentasse uma Assembléia de  Deus da vida.